O espelho

Será que pedimos para nascer?

Chegamos aqui sem ver chão, teto, nem raiz.
Primeiro vivemos o lado puro da vida.
Não sabemos quem são as pessoas;
Não vemos cores, não percebemos os dissabores;
Não sabemos pra onde vai todo mundo.
O que queremos é sorrir, chorar.
Depois descobrimos o espelho...
 E a verdade vem à tona.
Num repente nos joga no chão, na lona.
Precisamos nos colocar no meio.

Esse meio duro, desajeitado, exigente
Que deixa a gente doente.
As incertezas chegam e não param mais.
Cada dia, cada hora.
Dorme, acorda;
Sai, entra;
Fecha, abre;
Come, fome;
Alegre, triste;
Confiante, derrotado;
Vivo, morto...
Morto!?
Espera!
Ainda quero

 vi

ver.