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Mostrando postagens de março, 2021

Muitos pastores têm morrido pelas ovelhas

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 Há muito ouvi falar das lutas de ser um missionário.  A paixão pelo Reino de Deus e pelas almas carentes de Cristo movem homens e mulheres na direção do caminho. Um caminho incerto, cheio de surpresas e frustrações. No entanto a luta pelas almas é uma guerra muitas vezes invisível. O missionário vê com detalhes as armadilhas no decorrer da estrada, porém faz de tudo para se desvencilhar de cada uma delas e vencer. Ilude-se ainda, o julgador de  que o missionário vive de regalias e pampas.  A alegria do missionário é ver o sorriso de alguem que antes não tinha esperança. Suas regalias são as missões incubidas, os trajetos marcados, a hospedaria reservada; a comunhão com os desconhecidos e desigrejados; a batalha pela alma  dos desfalecidos, sedentos e famintos.    Sim, o coração do verdadeiro missionário não  tem lugar fixo, apenas  dono. A mente missionária é igual a mente de Cristo quando disse: " o filho do homem não tem onde reclinar a ca...

Aprendiz de caçador

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 André sempre foi um menino esperto e levado. Morando no interior não tinha medo de nada: nem de altura, nem de fantasma. Banhava nos riachos , andava pelas matas, subia nas árvores. Seus pés eram ligeiros, prontos para andar ou correr por cima de paus e lajeiros. O rosto vermelho do sol emendava com o resto do corpo, pois só andava de bermuda e chinelos pendurados no pescoço. Seu amigos inseparáveis eram um cofo e uma  baladeira. Estes sempre lhe ajudavam a comer o que não tinha na prateleira. Porém certo dia, as coisas não sairam como de costume. Ele foi pego no flagra pelo caseiro da fazenda Olhos d'água. Chegou em casa correndo  e  pálido da cor de jaca. Sua mãe num susto perguntou o que se passava, se por acaso ele havia visto um fantasma.   Passado o susto do primeiro dia, André voltou a se aventurar na mata e não resistiu em entrar novamente  na fazenda Olhos d'água. Mas dessa vez ele não teve como fugir. O caseiro armou-lhe uma arapuca e pergun...

Foi um prazer, Cora!

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 Entrei e sentei Esperando ouvir o sinal Ter a permissão de mexer e conhecer  aquela Da tela  com cabelinhos brancos. Até que enfim chegou o convite E na expectativa de entender  Comecei a observar e ler Levantei-me e fiquei emocionada  Vi nas linhas do tempo  Uma mulher à frente do seu tempo Na cozinha, a moça relatava em tom mecânico Os passos que levaram a dona da casa  a ser prestigiada. As informações foram se encaixando e o meu coração alçando voos  Estímulos de admiração e gratidão, visto que eu já não estava sozinha naquela imensa solidão. Sim, os devaneios da escrita são as loucuras do homem  que busca nas palavras  a terapia para a própria fome Fome de ver, de viver Fome de amar, até de morrer Fome de fazer  Fazer tudo acontecer Fome de tocar o outro e fazê-lo perceber que ainda tem gente com vontade de ser Vi Cora Vi-me em Cora E agora?  Farei da alma da mulher que agora chora A voz daquela que um dia foi embora....